SEMANA SANTA 2004

Testemunho do Padre Boulos Fadel - 11 de abril 2004.

Jesus ressuscitou dos mortos, venceu a morte pela Sua morte e deu a vida aos que estão nos túmulos.

Durante a Semana Santa de 2004, vivemos inúmeros acontecimentos especiais: peregrinos vindos de toda parte, médicos europeus, árabes, assim como uma equipe de médicos escandinavos, vindos da Noruega e da Suécia, para efetuar testes e análises com objetivos científicos sobre a Myrna durante 5 a 6 dias. Havia também médicos vindos dos Estados Unidos, da Alemanha, da França, do Líbano, da Síria, como também um grande número de fiéis do Taiti, França, Canadá, Egito, Líbano, Jordânia, Síria e outros países.

No ano 2004, a Páscoa foi comum entre todas as igrejas do Ocidente e do Oriente e como de costume, quando a data da festa é única, por que marca o aparecimento dos estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo no corpo de Myrna, esperava-se, então, este ano, que alguma coisa acontecesse. E por isso todas essas delegações desejavam estar presentes e, mais particularmente, os médicos queriam assegurar realmente a autenticidade dos acontecimentos. Começo com a primeira equipe médica que chegou, a equipe sueco-norueguesa do dr Knut Kvernebo. Ela veio com sua aparelhagem científica a fim de efetuar sobre Myrna todas as análises necessárias antes do surgimento dos estigmas, se estes viessem a ocorrer, durante e depois da manifestação. Esta equipe quis estudar a evolução de seu sistema nervoso, seu sangue, seu pulso, etc .. Começaram a primeira análise na Quarta-Feira Santa depois de terem feito algumas perguntas à Myrna, sobre ela pessoalmente, sua família e sobre a experiência que ela viveu durante estes últimos 22 anos.

Na Quinta Feira Santa, dia 8 de abril, uma notável atmosfera reinava, graças a todos os grupos de peregrinos que tinham vindo rezar e cantar - cada um na sua língua - num ambiente de recolhimento e calor sinceros. Às 11h da manhã, o padre Adel T. Khoury, vindo da Alemanha com um grupo que prepararia a próxima viagem de Myrna no mês de agosto, concelebrou a missa com o padre Élias Zahlaoui, o padre Nicolas Bustros, o padre Joseph Besnier da França, assim como o padre Louis-René Gagnon que veio com peregrinos do Canadá. Durante e após a comunhão, Myrna entoou o cântico "TUDO QUE ME ACONTECE É UM PRESENTE DE TI, Ó MEU DEUS". Após a comunhão, Myrna entrou no seu quarto. Parecia sentir algum cansaço. Sentou-se sobre o seu leito a fim de associar-se, pela oração, às pessoas que estavam fora. Pelas 13h, Myrna sentiu um frio invadir-lhe o corpo, apesar do calor do ambiente no seu quarto, pelo número de pessoas presentes. Neste momento, o doutor Knut examinou seu pulso e sua respiração. No quarto, encontravam-se o doutor Antoine Mansour, cirurgião de Los Angeles, o doutor Riad Hanna da Alemanha, o neurólogo Philippe Loren da França bem como numerosos outros médicos.

Às 13h17, Myrna começou a sentir, progressivamente, uma dor através de todo seu corpo. Ela diria mais tarde: "A DOR INVADIA TODO O MEU CORPO". No entanto, o que precisava guardar, Myrna diria por duas vezes: "A CHAGA DE MEU CORAÇÃO BASTA". Então perguntamos a Myrna o que ela queria dizer. Soubemos depois que era a maneira pela qual ela associava-se ao amor de Nosso Senhor através de Sua dor, interpretando como "A CHAGA DE MEU CORAÇÃO É A TI, E ISTO BASTA"

Seu pulso batia 130 pulsações por minuto. Myrna sentia uma dor do lado esquerdo, na cabeça e que percorria todo seu corpo. Porém a dor era mais sentida em três lugares específicos.

Primeiro, seu lado esquerdo. Segundo, sua respiração tornava-se mais ofegante. Ela vivia uma provação difícil. Terceiro, sua cabeça a fazia sofrer, como se uma coisa pesada estivesse em cima. Pelas 14h, Myrna disse, com uma voz fraca, estas três frases que ela ouviu de Nosso Senhor. Myrna reconhecia, no entanto, as vozes das pessoas que estavam no seu quarto, mas escutava de uma voz clara e forte essas palavras de Jesus:

 "Esta é a Fonte de onde toda alma se sacia.

A Chaga de Meu Coração é uma Fonte do amor.

Quanto das minhas Chagas são as causas de um crime que EU não cometi "".

 Myrna assegurou que esta voz lhe era familiar. Ela a reconheceu. Era a voz de Jesus, mas ela não via nada. Ela não percebeu a luz que vê habitualmente quando escuta esta voz.

A equipe médica que viera especialmente para efetuar todos estes testes já tinha examinado Myrna de manhã. No entanto, no momento da aparição da chaga do lado , manifestada pela presença de gotinhas de sangue na veste de Myrna, o médico constatou que algo acontecera. Levantou a blusa para observar a chaga e viu claramente que a mesma media 35 mm (3.5 cm).

 

Todas as pessoas presentes saíram neste momento, exceto os cinco médicos e seus dois assistentes. Eles efetuaram todos os exames importantes, depois se retiraram do quarto, para voltar 1h mais tarde. Então, depois de terem deixado Myrna repousar, os padres Élias Zahlaoui e Adel Khoury saíram e relataram às pessoas presentes no pátio aquilo que havia acontecido, apesar de o mesmo ter sido transmitido diretamente numa tela de televisão, a fim de que todo mundo pudesse ver o que estava se passando. O padre Élias traduziu para o francês as três frases que tinham sido transmitidas por Nosso Senhor em árabe.

 

Gostaria de frisar que os médicos presentes tinham chegado com intenções puramente científicas e não eram motivados por qualquer desejo espiritual ou delegados pela igreja. Esses médicos se interessavam nas aparições que aconteciam no mundo, nas pessoas que recebiam os estigmas. Eles constataram que algumas dessas pessoas apresentavam sinais e traços doentios particulares. O que verdadeiramente descobriram em Soufanieh é que Myrna era uma pessoa simples, espontânea, jovial, com um comportamento normal com as pessoas de sua convivência, de amor e de paz com os visitantes e as pessoas que visitam o lugar (Soufanieh). Os médicos descobriram, que seguramente, nesta casa, havia alegria, paz e a presença do Senhor. Foram surpreendidos que a maioria dos traços doentios que se manifestem nas mãos e nos pés não tinham aparecidos no corpo da Myrna.

Pareceu- me que a chaga do lado exclui a presença de todo sintoma doentio na Myrna. Gostaria de assinalar o seguinte: o doutor Knut, chefe da delegação medical, tinha vindo em coordenação com o teólogo dinamarquês, Niels Christian Hvidt. Eles chegaram juntos a Damasco. Niels Christian Hvidt já havia escrito sobre Soufanieh e estava convencido da veracidade do Fenômeno. Por outro lado, foi contactado pelo Dr. Knut para vir estudar o fato. Este último médico veio por motivo puramente cientifico e sem nenhuma influência religiosa ou outra qualquer. Seu único motivo consistia em estudar as conseqüências que sobreviriam antes, durante e após os estigmas, se estes ocorressem.

 

Importante registrar que esta equipe, formada de 11 pessoas, viajou por conta própria. Nenhuma universidade, nenhuma instituição ou nenhuma pessoa se comprometeu em custear a viagem e estadia. Esta foi uma decisão pessoal. Nós todos podemos testemunhar a postura científica de todos eles. São especialistas nos diversos ramos da medicina e da psiquiatria.

 No Sábado Santo, dia 10 de abril, foi celebrada uma missa às 11h30. Uma missa conhecida sob o nome de "ELEVAÇÃO DA LUZ", seguida de orações até o meio dia. Recapitulei com Myrna certos fatos que aconteceram na Quinta-Feira Santa.

Pelas 15h, chegou uma equipe de médicos libaneses convidados pelo dr Sami Thomé, cirurgião neurologista. Este último tinha chegado na Quinta-Feira Santa, durante a noite, e não tinha podido constatar os estigmas. Ele havia, no entanto, conversado com Myrna e tinha manifestado o desejo de ver a chaga, dizendo-lhe que numerosos médicos não acreditavam que tal Fenômeno pudesse se produzir. Myrna mostrou-lhe a chaga do lado. Ele lhe perguntou: "VOCÊ TOMOU ALGUM TRANQUILIZANTE PARA DIMINUIR A DOR?" Ela respondeu lhe com toda a simplicidade "SE ESTA CHAGA NÃO ERA POR ORDEM SOBRENATURAL, O TRANQUILIZANTE TERIA AGIDO, MAS EU CONSIDERO ISTO UMA CONSOLAÇÃO PARA MIM". Esta equipe, composta por 4 médicos e de dois membros de sua família quis falar com Myrna. Ela disse "SUBAMOS AO TERRAÇO A FIM DE QUE EU VOS RELATE O FENÔMENO DAS APARIÇÕES".

Myrna estava muito cansada. Mas, como sempre, cada vez que Myrna falava do fenômeno ou das aparições da Virgem Maria, ela se transformaVA em outra pessoa, tendo o poder de se concentrar, explicar, chamar a atenção e escutar. Mais uma vez, quando seu testemunho terminava ela voltava ao estado de uma pessoa normal, com suas preocupações, suas dificuldades, etc ...

 Os médicos, então, subiram ao terraço. Myrna contou-lhes em detalhe, o início do Fenômeno, sua evolução, e o que poderia acontecer no futuro. O grupo ficou muito contente com este encontro e agradeceu o tempo que ela dispensou-lhes. Despediram-se dela antes de voltar ao Líbano, quando, descendo a escada para voltar ao salão, o óleo apareceu no seu rosto e nas suas mãos, como era hábito quando estava para entrar no êxtase. Levaram Myrna para o seu quarto e a estenderam sobre seu leito. Lá, como de costume, o óleo escorreu de seu rosto e seus olhos. Nós sabíamos, pelo passado, que, quando o óleo escorre de seus olhos, ela iria ter uma visão de Jesus.

Todos os médicos estavam presentes. Cada um deles tentou examiná-la de acordo com sua especialidade. Myrna entrou em êxtase as 17h25. Este êxtase durou mais ou menos 4 minutos, durante o qual ela disse ter visto a Virgem Maria. Depois Myrna acordou. Ao voltar a si, ficou sob o efeito deste êxtase durante diversas horas. Myrna sorriu e indicou, com a sua mão direita, o alto seu quarto como se ela visse uma personagem. Quando perguntei a Myrna: "Se estava vendo alguma coisa" , de novo, ela se contentou em fazer um gesto com a mão, sem falar. Em seguida, às 17h34, Myrna nos passa a seguinte mensagem. Jesus disse a ela : vidt

 

Meu último mandamento:

"Retornai cada um para a sua casa, mas carregando consigo o Oriente nos seus corações.

Daqui raiou a luz de novo. Vós sois a luz para um mundo seduzido pelo materialismo, a sensualidade e a celebridade, a ponto de quase perder seus valores.

Quanto a vós, preservai vossas raízes orientais. Não permitais que alienem a sua vontade, sua liberdade e sua fé neste Oriente ".

Assim, para Myrna, neste êxtase, ou mais exatamente, através do que viveu neste Sábado Santo pela primeira vez, dois acontecimentos sobrevieram ao mesmo tempo: um êxtase durante o qual ela viu a Virgem Maria e uma aparição de Jesus sob uma forma de silhueta luminosa, no seu quarto.Em seguida, Myrna nos explicou o que se passou. Diz com toda a simplicidade o que viveu: "Eu, andei em direção Dela (a Virgem)". A Virgem, durante o êxtase, acariciou-lhe a cabeça, como se lhe dissesse: "Vá". Voltando-se, Myrna disse: "Eu voltei com Jesus". Abriu os olhos e viu Jesus presente no quarto sob a forma de uma pessoa de luz.

Gostaria de contar um pequeno episódio que passou antes: enquanto os médicos efetuavam os exames, eu tinha lhes pedido para deixar Myrna tranqüila, porquanto ela podia fazer um gesto como a mão indicando qualquer coisa tal como nós tínhamos visto durante os êxtases precedentes. Neste momento tinha havido uma intervenção de seu filho Jean-Emmanuel que disse: "Deixem minha mãe, mesmo agora vocês querem examiná-la". . Não porque isto lhe incomodava não obstante mais por simpatia para com a sua mãe. Myrna respondeu com toda a simplicidade, sempre sob o efeito do êxtase: "Deixe-os fazerem o que eles querem, Jesus está aqui ele espera". Myrna sorriu, porque ela sentiu como Jesus respeita o trabalho do homem e como Jesus é cheio de ternura e de amor. Ela acrescentou com toda simplicidade: "Jesus é adorável".

Finalmente, a luz (interior) velou-lhe um pouco os olhos até meia-noite. Em seguida, sua visão começou a voltar progressivamente ao normal. Myrna disse então esta frase que exige muitas orações e muito tempo para a compreender: "Não pensem que minha missão está terminada, é agora que ela começa". Isto com referência ao que Jesus lhe disse: "Meu último mandamento para vós..".